quinta-feira, 3 de junho de 2010

Poema de Cálculo

Poema de Cálculo

Limites, integrais, derivadas parciais.
Nada me assusta mais...
Nem o volume do parabolóide
(que eu nunca encontro,
e por isso, creio, sou um debilóide).
Surgem X, Y, Z..s e também a, b, delta, teta ,, e ,,pi..s
Ahhhh!!! Esse monte de alfabetos me dá arrepios.
Sou um troiano sob o fio da espada grega...
Prisioneiro acorrentado a senos e cossenos,
Jogado a um canto escuro da regra da cadeia.

Sempre me perco, não tenho as coordenadas
Polares, cartesianas, cilíndricas como aliadas.
Sou um pobre demente atado a uma cama com correias.
Sendo dopado com doses duplas e triplas de antiderivadas.
Meu enfermeiro, um vetor unitário em R3, me odeia...
E se nem com pontos de máximo e mínimo traço um gráfico.
Suicido-me, friamente, com a ponta seca do compasso.
Meus colegas contemplam meu corpo e invejam minha paz.
Limites, integrais, derivadas parciais.
Nada me assusta mais...


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